Por Barroso Guimarães
O Confiança, apelidado de “ressuscitador de defuntos”, tem sido alvo de críticas severas devido à sua incapacidade de vencer jogos decisivos, especialmente em casa. Esta situação tem levado muitos torcedores a abandonarem o futebol local para evitar frustrações e mau humor. A falta de investimentos no futebol de base, a contratação de jogadores sem futuro e refugos rejeitados por outros clubes, são fatores que contribuem para a decadência do time.
A realidade do Confiança é marcada por uma luta constante para evitar o rebaixamento, sem nenhuma aspiração de subir de divisão. A má gestão, caracterizada por contratações ruins e a ausência de investimentos nas categorias de base, agravada por dívidas e a influência de empresários cujo principal objetivo não é o clube, afasta os torcedores e cria uma barreira com a imprensa, tradicional parceira do futebol sergipano.
Este distanciamento transformou o Confiança em um clube elitizado, apesar de suas origens operárias. Um exemplo significativo do passado glorioso é a mobilização dos torcedores que compraram passagens de avião para que o time pudesse enfrentar o Comercial, em Campo Grande. Hoje, tal engajamento é impossibilitado pela proibição de entrada dos torcedores no Sabino Ribeiro, sob a desculpa de que o treinador não permite. Este tipo de gestão autocrática e a imitação de práticas negativas do futebol do sul do Brasil, ignorando o contexto local, só agravam a situação.
Em resumo, o Confiança precisa de uma reformulação completa, começando pela valorização das categorias de base, contratações estratégicas e a recuperação do relacionamento com torcedores e imprensa. Sem essas mudanças, o futuro do clube continuará a ser sombrio, perpetuando um ciclo de fracassos e descontentamento.

