As eleições para o Conselho de Administração do Confiança, com 51 vagas em disputa, tiveram a inscrição de apenas 40 candidatos, resultando em uma futura eleição suplementar. Entre os nomes, apenas duas mulheres se apresentaram: Danielle Ferreira, atual vice-presidente do Conselho, e Rita Dantas. A baixa representatividade feminina chama a atenção, especialmente diante da forte presença das mulheres na torcida proletária.
Danielle externou sua indignação com práticas que, segundo ela, acabam afastando ainda mais a participação feminina na gestão dos clubes. “É lamentável ver que, mesmo com poucas mulheres candidatas, existem listas de apoio que simplesmente não nos incluem. Isso é um desrespeito ao trabalho realizado nos últimos três anos e atrapalha a inserção das mulheres nesse espaço, que já é de difícil acesso”, afirmou.
Apesar disso, a dirigente destacou o apoio de parte da torcida e de membros do clube, reforçando a importância da mobilização dos eleitores para fortalecer o Confiança.
Outro tema que marcou a fala da dirigente foi a possibilidade de transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), diante da proposta apresentada pelo grupo investido.
Danielle enxerga o modelo como uma tendência inevitável no futebol brasileiro, mas defende cautela e segurança jurídica no processo.
Para Danielle Ferreira, os avanços em alguns pontos ainda não foram suficientes, e a comissão precisa decidir se haverá nova rodada de negociações ou se já será encaminhado parecer ao Conselho. Na avaliação da vice-presidente do Conselho, a SAF é uma necessidade, mas as garantias para o Confiança devem ser preservadas, algo que, em sua opinião, não pode ser deixado de lado, já que definirá os rumos do time azulino nos próximos anos.