Por Barroso Guimarães
O advogado Clóvis Barbosa de Melo apresentou seu pedido de renúncia ao cargo de presidente e à cadeira do Conselho Deliberativo do Club Sportivo Sergipe, em comunicado enviado nesta sexta-feira aos dirigentes do clube. No texto, ele afirma deixar o posto com honra, mas se coloca à disposição para auxiliar a nova diretoria com informações sobre as questões administrativas e os projetos relacionados à Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e ao Estádio João Hora de Oliveira.
Contexto da Renúncia
A decisão de Clóvis Barbosa ocorre em um cenário de extrema dificuldade financeira e administrativa no clube. Segundo informações recentes, o Sergipe enfrenta uma situação de colapso financeiro, com dívidas que somam cerca de R$ 1,5 milhão e atrasos de salários de funcionários e jogadores. Em entrevistas, Barbosa destacou que as propostas de investimento, como a transformação do clube em SAF por meio de um grupo de empresários sergipanos, foram rejeitadas pelo Conselho Deliberativo, dificultando a solução do passivo financeiro.
Rejeição da SAF e Dívidas
O clube vinha negociando avanços na proposta de SAF, incluindo aportes imediatos de recursos, mas a maioria da comissão responsável pela reforma do estatuto barrou a continuidade das tratativas, alegando preservar a natureza associativa do clube.. Com isso, a gestão informou que não haverá antecipação de receitas futuras e que novas contratações só ocorrerão após a regularização dos salários atrasados.
Perfil de Clóvis Barbosa
Clóvis Barbosa de Melo assume papel importante na história do Sergipe, sendo reconhecido por sua experiência no setor público, onde atuou como conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe, presidiu a OAB-SE por dois mandatos e exerceu cargos de destaque na administração estadual e municipal.
Próximos Passos
A renúncia de Barbosa se soma a uma sequência de trocas recentes na presidência do clube, que há anos enfrenta instabilidade em sua liderança. O próximo dirigente terá como desafios centrais a reorganização financeira, a busca por novas alternativas para a sustentabilidade do Sergipe e a retomada das negociações que possam viabilizar uma nova gestão administrativa, seja por meio da SAF ou em formato associativo tradicional
.A saída do presidente evidencia a urgência de soluções estruturais e de diálogo amplo entre dirigentes e conselheiros para garantir o futuro do clube rubro, que tem no Estádio João Hora um de seus maiores patrimônios e símbolos históricos.

