Por Barroso Guimarães
O presidente do Club Sportivo Sergipe, Clóvis Barbosa, defendeu nesta quinta-feira (23) a necessidade de união entre os conselheiros para que o clube consiga superar as dificuldades financeiras e viabilizar um novo ciclo de crescimento a partir de 2026. Em pronunciamento recente, o dirigente afirmou que sua permanência no cargo depende diretamente do apoio do conselho deliberativo às mudanças estruturais que pretende implementar.
“Eu preciso do apoio do conselho. Se não houver esse apoio, paciência. Mas a nossa intenção é continuar e transformar o Sergipe”, disse Clóvis, ressaltando que o momento exige coesão interna diante das dívidas e demais problemas administrativos do clube.
Entre as propostas apresentadas pelo presidente, está um ambicioso projeto de reestruturação do estádio João Hora de Oliveira, que prevê transformar parte do espaço em um grande empreendimento imobiliário. A ideia é utilizar cerca de 70% da área para a construção de um novo bairro no bairro Ponto Novo, em Aracaju, com aproximadamente 1.500 unidades.
Segundo Clóvis Barbosa, o projeto também contempla a manutenção de uma área social e administrativa modernizada, com piscina, salão de eventos, academia, escola, farmácia e posto de combustíveis — espaços que poderiam gerar receita recorrente para o clube.
O plano será apresentado gradualmente aos conselheiros e, posteriormente, à Prefeitura de Aracaju, que, segundo o presidente, teria interesse na iniciativa devido ao potencial de arrecadação de impostos e benefícios urbanísticos.
Além disso, o dirigente revelou intenções de construir um novo estádio e um centro de treinamento na Zona de Expansão da capital, próximo ao aeroporto. A estrutura abrigaria quatro campos oficiais e instalações para o futuro time feminino, cuja implantação é exigida pelas normas da CBF a partir de 2026.
“Não estamos aqui para continuar tudo como está. Estamos aqui para mudar, transformar e colocar o Sergipe em outro patamar”, concluiu Clóvis Barbosa, reforçando que considera inevitável a transformação do modelo de clube associativo para uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), tendência já adotada em outras equipes brasileiras.
Foto: Divulgação Tribunal de Contas

