Em uma entrevista exclusiva ao site Futebol Sergipano, Sérgio Melo, ex-conselheiro do Confiança, compartilhou suas preocupações e perspectivas sobre a atual situação do clube de futebol e suas ideias para seu futuro.
Sérgio Melo deixou claro que não tem intenção de ocupar o cargo de vice-presidente do conselho administrativo do Confiança, que ficou vago devido à renúncia de Matheus Milet, que assumiu a diretoria do Azuriz, um clube do estado do Paraná. Entre os motivos que o levaram a tomar essa decisão, destacou que sua empresa de engenharia está atualmente prestando serviços em outros estados, como Amapá e Maranhão, demandando sua atenção e tempo, tornando difícil conciliar essa responsabilidade com um cargo de tamanha importância no Confiança.
Além disso, ele expressou sua desconfiança em relação à diretoria atual, alegando que está mais preocupada com conceitos comerciais do que com a gestão eficiente do clube. Na opinião de Sérgio Melo, o Confiança perdeu sua força no conselho, que agora é composto principalmente por amigos, e afirmou que esse problema já era evidente durante a gestão de Hyago França, quando as reuniões eram realizadas na residência do presidente, o que, segundo ele, não é condizente com a seriedade que um clube forte deve ter.
Melo também expressou preocupações sobre a possibilidade de o atual presidente, Pedro Dantas, se candidatar a uma eleição para vereador, afirmando que essa combinação de política e esporte já mostrou ser prejudicial à gestão do clube no passado.
Em relação à gestão de fundos arrecadados com sócios-torcedores, Sérgio Melo propôs a formação de uma comissão composta por 10 pessoas, entre conselheiros e associados do clube. Essa comissão seria responsável por garantir a transparência no uso desses recursos, propondo a alocação de 70% para o time profissional, 20% para o time amador e 10% para a reserva de caixa. Melo argumentou que essa abordagem evitaria manipulações e aumentaria a transparência na gestão do Confiança.
Na votação marcada para o dia 25 de outubro, Sérgio Melo fez uma crítica contundente à omissão do estatuto do clube, destacando a ausência de diretrizes claras para a seleção do vice-presidente administrativo. Ele ressaltou a falta de critérios específicos, o que significa que, atualmente, qualquer pessoa, independentemente de ser conselheira ou mesmo simpatizante do clube, pode ser escolhida para ocupar o cargo de vice-presidente administrativo. Segundo ele, essa situação é, sem dúvida, algo que merece uma análise mais aprofundada e é motivo de grande preocupação.
Ele sugeriu que a escolha seja feita em uma reunião do conselho, permitindo que indivíduos de diferentes origens, inclusive torcedores de outros times, possam ser eleitos para o cargo, desde que demonstrem comprometimento e capacidade para contribuir positivamente para o Confiança.
Sérgio Melo indicou Junior da Cat como uma pessoa idônea e trabalhadora que poderia assumir a presidência do Confiança. Ele acredita que, caso Junior da Cat seja eleito presidente, ele poderá trazer competência e transparência à administração do clube, comprometendo-se a apoiá-lo em uma possível gestão de sucesso. A entrevista de Sérgio Melo trouxe à tona preocupações importantes sobre a gestão e o futuro do Confiança, bem como ideias para aprimorar a transparência e a integridade do clube.