O Club Sportivo Sergipe enfrenta mais um capítulo turbulento em sua gestão administrativa. Nesta segunda-feira, os jogadores se recusaram a treinar alegando atraso de salários, enquanto o atual superintendente do clube, Ramon Barbosa, divulgou um levantamento das receitas arrecadadas durante a gestão do ex-presidente Júnior Torres.
Segundo Barbosa, o clube recebeu cerca de R$ 3,4 milhões entre cotas de campeonatos, patrocínios e outras fontes de receita. Ainda assim, a equipe rubra amarga dívidas salariais e acumula pendências judiciais.
Entre os principais recursos listados estão:
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Copa do Brasil: R$ 840 mil
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Prefeitura: R$ 200 mil
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Banese: R$ 860 mil
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Pré-Copa do Nordeste: R$ 170 mil
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Patrocínio GBarbosa: R$ 210 mil
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Posto de combustível: R$ 240 mil
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Brasileiro da Série D: R$ 440 mil
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Sócio-torcedor antecipado até 2026: R$ 164 mil
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Aluguéis de lojas: R$ 12 mil
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Passe do jogador Éverson: R$ 250 mil
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Renda do jogo Itabaiana x CSS: R$ 16 mil
O montante totaliza R$ 3.402.000,00. Apesar disso, segundo o levantamento, o ex-presidente Júnior Torres deixou pendências financeiras relevantes: dois meses de aluguel das moradias dos atletas, referentes a maio e junho, ainda em aberto, totalizando R$ 84 mil, a folha salarial de junho (R$ 400 mil), além de 28 processos trabalhistas.
Diante do impasse financeiro que já compromete diretamente o rendimento do elenco, o superintendente destacou a necessidade de providências imediatas. “O presidente do conselho deve convocar uma reunião de urgência para resolver esta situação”, afirmou Ramon Barbosa.
Enquanto isso, a insatisfação dos jogadores cresce e ameaça a preparação do Sergipe para as próximas competições, pressionando ainda mais a atual gestão a dar respostas rápidas à crise.