Por Barroso Guimarães
O futebol sergipano atravessa uma fase complicada, especialmente no que diz respeito ao Club Sportivo Sergipe. O desempenho do clube no Campeonato Brasileiro da Série D foi desastroso, culminando na derrota de 5 a 0 para o Retrô, uma equipe de menor expressão de Pernambuco. Essa situação é alarmante, considerando que, em anos anteriores, o Sergipe disputava de igual para igual com gigantes do futebol nordestino, como Santa Cruz, Náutico, Sport, Bahia e Vitória. Atualmente, o clube não consegue superar adversários menores como Retrô, Juazeirense e Jacuipense, terminando a competição na última posição do grupo e já desclassificado para a próxima fase.
Essa decadência reflete uma crise profunda dentro do clube, que parece estar abandonado pela diretoria. Com as eleições internas se aproximando, há uma esperança de mudança. No entanto, é essencial que a nova diretoria não se preocupe apenas com a questão financeira, mas também com a reestruturação completa do clube, que tem uma história centenária e deve lutar por títulos tanto a nível estadual quanto nacional.
O cenário atual do Sergipe é um contraste gritante com a ascensão de outros clubes brasileiros que, mesmo sem a mesma tradição, estão conseguindo alcançar divisões superiores e obter melhores resultados. Isso é uma prova de que é possível reverter a situação com uma gestão comprometida e competente.
O Sergipe precisa urgentemente de uma diretoria que realmente entenda e goste de futebol, e que esteja disposta a fazer as mudanças necessárias para tirar o clube dessa crise. A situação atual, com um clube de tanta tradição perdendo para equipes relativamente novas como o Retrô, é inadmissível. É necessário uma reengenharia completa, com foco não apenas em campeonatos estaduais, mas em alcançar e manter uma posição respeitável no cenário nacional do futebol.
Essa é uma análise crítica da atual situação do Club Sportivo Sergipe, um clube que precisa se reinventar para recuperar o seu prestígio e voltar a ser competitivo a nível nacional.