O Club Sportivo Sergipe enfrenta uma grave crise institucional após quatro importantes diretores pedirem demissão simultaneamente. O diretor de futebol Leônidas, o diretor administrativo Zé Maria, o diretor financeiro Gil Sobrinho e o diretor do sócio torcedor Wendel entregaram seus cargos, agravando a instabilidade que já vinha se instalando no clube.
A situação se soma à recente renúncia do vice-presidente Diogo Resende Silva Monteiro, que deixou o cargo na última quarta-feira através de um e-mail enviado ao clube. Esta sequência de saídas evidencia o clima tenso que se instaurou na atual gestão.
Segundo fontes internas, existe um movimento crescente contra a permanência do presidente Júnior Torres, eleito em outubro de 2024 com 637 votos. As críticas apontam que, apesar de seu amor declarado pelo clube, Torres não estaria ouvindo conselheiros mais experientes e dirigentes com histórico no Sergipe.
A crise administrativa ocorre em um momento delicado para o clube, que já enfrentava dificuldades financeiras. Em entrevista recente, o próprio presidente havia admitido a existência de “débitos que vão comprometer a cota da pré-Copa do Nordeste e da Copa do Brasil”.
Júnior Torres assumiu a presidência em novembro de 2024 com a promessa de “fortalecer o Sergipe dentro e fora dos campos” e declarou que seu mandato de três anos teria como obsessão o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. No entanto, apenas quatro meses após sua posse, a gestão já enfrenta seu maior desafio com a debandada de diretores importantes.
O cenário atual representa mais um capítulo turbulento na história recente do clube mais tradicional de Aracaju, que busca recuperar seu protagonismo no futebol sergipano e nacional.